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quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Verdades

Olho pela janela
Vejo o que preferia não ver
Um ser sem cautela
Digno de morrer

Quem sou eu para julgar
Mas não posso ficar calado
Tenho que me indignar

Saber que o sofrimento humano
Se dá pelo próprio homem
Que tende a ser insano
Monstros que apenas consomem

Mas, quem sou eu para julgar?
Ninguém
Tenho que me aquietar
E deixar a merda se espalhar

Tenho que ficar mudo
Tenho que ser conivente
Pois estou nesse mundo
De seres indecentes

Quem sou eu para definir decência?
Apenas mais um humano sujo
Que não consegue respeitar diferenças
E pensa que o fim é tudo

Um ser que não ver futuro
A essa raça de homens
Que devoraram uns aos outros
Para saciar sua fome

Acordando

Percebi
Não é o suficiente
Faço pouco por Ti
Isso me faz descontente

Tive muito tempo
Me afogando em meu sangue
Para acabar vendo
Que não há porque me ame

“Não sou digno”
Isso nunca fez sentido para mim
Hoje eu vejo
É real sim

Além de ter feito tudo errado
Me perdoa!
Tem me amado!

E eu
Arrogante e mesquinho
Não Lhe dava o que é Seu
Que é minha atenção, meu carinho

Mas mesmo assim
Sempre ao meu lado
Me fazendo feliz
Me dando espaço

Odiar não é muito bom
Para mim nem para ninguém
Mas odeio não ter Lhe dado tempo
Isso não me faz bem

Agora, estou arrependido
Me perdoa meu Deus!
Fique sempre comigo
Pois eu sempre fui seu.

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Quarta-Feira

Hoje tive um sonho
Sonhei com ela
Outra vez
Talvez ainda exista, existe

Hoje recebi um telefonema
Amiga antiga
Me fez lembrar o ponto
Me fez lembrar ela
Talvez ainda exista, existe

Hoje recebi uma ótima notícia
Vou voltar a trabalhar
Notícia boa
Me fez lembrar ela
Talvez ainda exista, existe

Hoje é mais um dos dias
Dentre tantos os dias que penso nela
Não tem problema
Talvez ainda exista, existe

Hoje é diferente
É forte demais
Mas eu resisto, afinal
Talvez ainda exista, existe

Hoje decidi escrever
Saio sem rimas
Lembra-me outra vez
Talvez ainda exista, existe

Eu olho o mundo através de meus óculos
Minha lente está arranhada
Arranhado por ela
Como esquecer?
Talvez ainda exista, existe

Hoje notei
Que penso nela demais
Isso é ruim....
Ou não
O ruim é externar
Ninguém precisava saber
Ninguém!

Talvez ainda exista, existe

Hoje ainda dá tempo
De apagar isso
Mas eu não quero
Talvez ainda exista, existe

Não devo me preocupar
Hoje acaba hoje
Mas aí vem o amanhã
E pode e vai ser igual
Afinal
Talvez ainda exista, existe

sábado, 25 de dezembro de 2010

Razão

O que dizer de ti
Que habita em poucos
Que pouco ti vi
Faz do homem um louco
E loucura é o fim!

Vi mais razão em um bêbado
Do que em mim
Fiquei tão desesperado
Que quase fugi

Mas acabou
Afinal, a manhã chegou
O efeito passou
E o bêbado
Que cambaleava na madrugada
Sua máscara usou

Esqueceu o que tinha falado
Tornou-se fechada
E afastou-se de ti

Bela Razão
Não deveria dar credito
Ao homem fétido
Sem coração

Pois raça pior
Não há de existir
Do que o homem sóbrio
Que se afasta de ti

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Para Sempre

Silencio sombrio
Apenas o frio
Apenas o nada

Tudo parece uma piada
Sem graça
Um mapa
Uma carta

Um sorriso forçado
Uma vida mentirosa
Pensando em ficar calado
Numa vida desgostosa

Sem força para lutar
Sem alegria para cantar
Pensado em se matar?

Não faça isso
Tu és tão repudiante
Que nem a morte
Quer-te como amante

Fique só
E viva para sempre
Com seu silencio eterno

Não chore
Não trema
Aguarde a hora passar
O relógio te envenena

E tudo se torna chato
E nada tem valor
Então fique calado
E se afogue no seu rancor

Veja as pessoas irem
E virem
As ame
Só para sofrer depois

Então almejará o fim
E nunca estará em paz
Que vida ruim
O que lhe falta mais?

Lhe falta acordar
E querer ver
Que mesmo na merda que estás
Tu ainda podes vencer

Luta

Quase quatro meses
Estava eu
Em baixo de chuva
Enfrentando o meu destino
Saindo do comodismo vivido
Partindo para um novo mundo
Faz algum tempo
Não tenho data
Talvez possa não parecer uma luta
Mas sim uma batalha
Mas quem lutou fui eu
Então ninguém melhor para classificá-la
Quase cinco meses
Pensei em traçar um futuro
Futuro difícil
Até porque não tinha muito para armar um bom plano
Dois alarmes falsos de vitória
Uma luta
Duas derrotas
Mas a terceira era minha
Estava escrito meu nome nela
Ou era para está
Estava...
Caminhei
Sim
Caminhei
Como um soldado indo para guerra
Lá estava eu a caminhar
Cheguei no prazo
Então comecei a argumentar
Nossa que coisa legal
Está quase pronto, mas ainda falta
E saí eu atrás do que falta
Já escureceu
A chuva cai torrencialmente
E molha a mim
Molha muito
Recebo ordens para abortar missão
Mas não podia fazer isso
Era a conquista de minha vida
Quase atropelado
Muito molhado
Volto ao campo
Sem o documento esperado
Fico nervoso
Ao ver escorregar por entre os dedos
Meu futuro
Meu caminho
Meu mundo...
Até a bendita moça
Acalmar-me
Com a simples frase:
“funciona amanhã!”
Nossa por que não me avisou antes?
Talvez porque devesse lutar e pensar que fracassei
Para hoje escrever esse “texto”
Contando pelo que passei.

Bolsa de Estudo...(para quem não entender...)

Não dá

Não posso crer
Que mesmo debaixo dos seus narizes
Vocês não queiram ver

Não sou medíocre
E nem retrógrado
Eu simplesmente
Aceito o óbvio

Sei que não é coincidência
Sei que isso é algo anormal
Falei com Ele uma noite
E um problema chegou ao final

Não tem como não crer
Não tem como não escutar
Não tem como esconder
Não dá para não acreditar

Não é a primeira vez
Já me aconteceu muitas vezes
Não foi uma vez na vida
Não foi só em alguns meses
É sempre

Coordenando o meu caminho
Pois quero seguir o que Ele tem para mim
Pode parecer papo de “bitolado”
Mas não é nada ruim

Eu já pensei
E às vezes me pego pensando
Em como o homem é triste
E teima em viver enganado

Isso acaba nos afastando
De quem nos ama de verdade
De quem se deixou morrer
Para nossa liberdade

Só Tu
Ninguém mais!
Meu caminho está traçado
E não quero voltar atrás!

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

1ª Vez

Acontece
Às vezes a gente perde
O melhor de tudo
É reconhecer

Tudo tem que acontecer
Um dia, você vai ver
Todos irão morrer
Então, para que viver?

Um dia
Um dia o rei deixará seu trono
Vagará como cão sem dono
Sem chances de viver

Um dia
Um dia quem sabe
Não conto lamentos
Um dia quem sabe
Morrendo por dentro

Um dia eu posso
Contar minha vitória
Um dia quem sabe
Entrarei para a história!

Mas por enquanto
Sou só um ser sem sal
Andando pelos cantos
Tentando montar seu final.

Conversão

Loucura
Não dar para acreditar
Como posso ficar assim por amar?

Coração batendo no peito
E algo me corroendo
Esse não é um bom momento

Pensar me dar raiva
Ver não desperta nada
O que está acontecendo?

O mesmo de sempre
O que tem que acontecer
Isso é sintoma de quem vai morrer

Não quero isso
Mas quem quer?
Viver odiando
Um ser qualquer

E chegar ao ponto
De ter desejado não ter conhecido
O ser amado
O ser querido...